Por que não consigo emagrecer?
Fatores que influenciam o insucesso do emagrecimento e o que podemos fazer
Oi! Tudo bem com você?!
Imagino que se chegou nesse post aqui do blog deva estar travando uma luta contra a balança e não tem tido os melhores resultados, não é?
Bem, infelizmente nosso corpo não é uma máquina exata, não somos robôs dos quais alguém pode simplesmente trocar uma peça e reconfigurar. Como eu já falei num outro post, nós temos um tipo físico que influencia fortemente o nosso peso, nossas curvas (ou falta delas) e como nos pareceremos. Contudo, existem outros fatores que também interferem no processo de emagrecimento como uso de corticosteroides, anticoncepcionais, doenças metabólicas como o hipotiroidismo e tireoidite de hashimoto, síndrome de cushing (provoca produção excessiva de cortisol), depressão e estresse crônico (provoca produção contínua de cortisol).
Sempre será possível "retirar" o fator que te impede de emagrecer? Não. Nem sempre e isso é algo que você precisa saber lidar se for o caso. Porém, se você não consegue emagrecer por conta de uma doença ou por uma medicação que não pode parar de utilizar é importante que você trabalhe os demais fatores.
E como fazer isso?
- Atividade física: além de gastar calorias e aumentar a massa magra que acelera o metabolismo ajuda a diminuir os níveis de cortisol no organismo. O cortisol é um hormônio pró-inflamatório que está presente em nível elevado em pessoas com obesidade ou sobrepeso. Mas atenção, é necessário que haja liberação médica e orientação de um profissional da área para te indicar os melhores exercícios de forma segura.
- Meditação: a técnica de atenção plena (mindfulness) que é a que eu trabalho é cientificamente comprovada por diminuir os níveis de cortisol. Os estudos indicam que isso ocorre pelo fato do sistema límbico (fuga ou luta) ser inibido e do córtex pré-frontal ter sua atuação aumentada.
- Acompanhamento psicológico: o acompanhamento simultâneo de nutricionista e terapeuta/psicólogo apresenta resultados mais satisfatórios do que apenas o acompanhamento nutricional, uma vez que o paciente/cliente consegue manejar sua mudança de hábito sem que isso afete negativamente o seu aspecto emocional. Também é importante, muitas vezes, que ele trabalhe questões antigas que provocam uma espécie de bloqueio no emagrecimento, como um trauma, uma crença limitante do tipo "é preciso sofrer muito para emagrecer" ou a atuação de uma mensagem subliminar antiga, dos tempos de criança. Às vezes ser recompensado apenas quando se "raspa o prato" na infância pode deixar no inconsciente do adulto que ele precisa comer tudo que houver ou não será recompensado. Acredite, isso acontece mais do que você imagina e tem um impacto muito forte.
Pode ser que você esteja imaginando: "mas eu não tenho nenhum trauma, eu faço atividade física e mesmo assim não emagreço. Nem mesmo sou uma pessoa tão nervosa ou ansiosa assim..."
Será?!
No consultório, sempre que eu percebo na anamnese que a pessoa não tem real noção sobre como reage em relação à comida e ao dia a dia eu aplico uma ferramenta chamada roda dos alimentos. Além de visualizar a alimentação também conseguimos juntos encontrar os motivos que levam a escolha daqueles alimentos naquelas quantidades/frequências. Mas você pode aplicar uma outra ferramenta aí na sua casa que vai te ajudar muito, tenho certeza. Faça o seguinte:
- Pegue um caderninho e anote por uma semana toda a sua rotina. O horário que acordou, como está (descansado, calmo, como se um caminhão tivesse passado por cima...), como está se sentindo em relação ao seu corpo nesse dia (está se sentindo desajustado, feio, bonito...) e todas as refeições (todas mesmo! até a balinha que chupar no meio do expediente ou suco que beber durante o dia) e como se sentia antes, durante e depois de comer. Se acontecer algo diferente como uma discussão ou uma notícia boa, que seja, escreva. Também escreva se comeu para "desestressar" ou para comemorar o ocorrido. Coloque informações em relação aos líquidos e hábito intestinal, também. Pode parecer trabalhoso, mas vai fazer uma diferença enorme!
Ao final da semana releia com muita atenção todo o seu caderninho, você vai se surpreender ao descobrir que não presta a menor atenção aos sinais que seu corpo dá. Esse diário é ótimo pra identificar guloseimas que passam desapercebidas ou até mesmo a quantidade inadequada de comida. Através dele também fica mais fácil identificar intolerâncias que podem estar atrapalhando seu processo de emagrecimento. Por exemplo, sempre que você come pimentão vermelho dois dias depois tem enxaqueca. Isso é uma forma de intolerância, ela pode ocorrer tardiamente. Também podemos identificar quais os maiores causadores de estresse no nosso dia a dia e assim definir de forma mais eficaz um meio de combatê-los.
Experimente! Bora lá pegar caderninho e caneta e se reconectar com seu corpo! ;)
Beijos da nutri!!!
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